A 37ª Mostra Internacional de Cinema já acabou há mais de duas semanas, mas até então não escrevi uma linha sequer sobre os filmes que vi...
Depois disso, ainda fui outras vezes ao cinema e... Nada de atualizar o blog.
Chegou a hora! Um "respiro" entre um trabalho e outro, entre um compromisso e outro... E a hora é agora. Um resumo dos filmes vistos na Mostra: este ano vi poucos, mas acertei e adorei todos! :)
** Ontem Nunca Termina (Ayer No Termina Nunca) - Isabel Coixet (2013)
Gosto dos filmes da catalã Isabel Coixet (dos ótimo Minha Vida sem Mim e Vida Secreta das Palavras) e quando vi que tinha um dela nesta Mostra, logo me interessei. Mais uma vez, ela consegue mostrar a sensibilidade necessária para retratar um momento de dor, ou vários, que é o caso neste filme. O filme faz da crise espanhola e europeia que começou em 2008, sua base, levando-nos para 2017.
Aliado a esse fundo do poço da economia e da sociedade espanhola, está um casal. O longa retrata um reencntro doloroso, profundo, num diálogo intenso que se desenrola aos poucos e vai desvendendo a história que liga (e separa) os dois personagens. O diálogo é duro, forte e os atores se mostram num cenário quase teatral, onde a base é a performance e as palavras ditas. Javier Cámara e Candela Peña dão força e veracidade ao casal e seguram o filme muito bem. Uma palícula que emociona, incomoda e faz refletir.
** Apenas Um Suspiro (Le Temps de L'aventure) - Jérôme Bonnell (2013)
Vida moderna, trabalho, solidão, carência e acaso. Com pitadas de humor e drama, esse filme se desenrola de maneira leve e simpática. Emmanuelle Devos está à vontade no papel de uma atriz que conhece um irlandês charmoso, Gabriel Byrne, em uma viagem de trem de Calais pra Paris. De cara, também neste filme, não se sabe muito dos personagens, apenas que há uma sintonia imediata entre os dois. Aos poucos, vamos conhecendo suas histórias e, eles, um ao outro. Um filme envolvente, sutil e interessante.
** À Procura do Amor (Enough Said) - Nicole Holofcener (2013)
Há uns dois meses, ou menos, minha irmã contou que viu em New York o último filme em que James Gandolfini atuou e que ainda tinha a Julia-Louis Dreyfus no elenco. Pronto, bastou para eu ficar querendo muito assitir a Enough Said – vou usar o nome em inglês porque tem muito mais a ver que a tradução.
O filme é uma delícia: simples, preciso, com bons diálogos. Esse filme é uma boa mostra que dá para retratar uma história simples com humor e inteligência graças a um bom roteiro. Julia, a aterna Elaine de Seinfeld, está ótima ( sou fã confessa dela) e mostra que é uma boa atriz, que sabe fazer rir e ao mesmo tempo emociona com o lado dramático. James é ótimo e deixa saudades, com este papel de um divorciado doce, carente e divertido. Uma boa combinação que resultou nesse longa leve. Gostei!
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Uma preciosidade de filme sobre uma das figuras mais importantes e singulares do cinema, Federico Fellini. Scola, que foi amigo pessoal de Fellini, melhor do que ninguém soube retratar a vida do grande diretor. Mas o fez de forma bela, singela e divertida, claro. Com imagens antigas, toques de documentário, ficção e realidade se misturam nesse belo filme, em uma retrospectiva desde a estreia do cineasta em 1939, como jovem designer, até seu quinto Oscar em 1993. Foi feito como uma homenagem para o Festival de Veneza e vai ser sempre um dos melhores registros sobre a trajetória do maestro. Lindo!
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